Todo mundo reconhece que uma alimentação adequada é fundamental para garantir o crescimento saudável de qualquer criança. No entanto, embora estejamos cientes de que os bebês, até os 6 meses de vida, recebem todos os nutrientes necessários através do leite materno, ainda persistem muitas dúvidas sobre como abordar a alimentação a partir desse ponto. Será que devemos impor restrições dietéticas desde cedo? São permitidos doces? O leite deve continuar a fazer parte da dieta? Abaixo, encontram-se respostas para essas questões:
Cuidado! A preocupação com a alimentação pode se tornar um transtorno alimentar
Preservar as crianças do risco de obesidade infantil é uma prioridade para todos os pais, no entanto, é crucial ter cautela na abordagem desse tema. Dietas excessivamente restritivas, especialmente nessa faixa etária de crescimento e desenvolvimento, devem ser supervisionadas por profissionais, pois podem acarretar consequências mais graves do que a própria obesidade infantil. Preocupações excessivas com ganho de peso podem resultar em distúrbios alimentares, bulimia, anorexia e até baixa estatura.
Doces e outras guloseimas: permitidos ou não?
Como mencionado anteriormente, restringir totalmente certos alimentos pode ter consequências negativas. No entanto, quando se trata de açúcar, é necessário ter ainda mais cautela. Segundo o Ministério da Saúde, até os 2 anos de idade, a criança não deve consumir açúcar, reduzindo assim o risco de obesidade ao longo da vida. A partir desse ponto, o contato com doces deve ser supervisionado. Uma abordagem saudável para introduzir doces é por meio de sucos e sobremesas à base de frutas, sem adição de açúcar refinado, utilizando apenas o açúcar natural da própria fruta. Além disso, estabelecer um dia da semana para a criança desfrutar da sua sobremesa favorita é uma estratégia positiva. Em festas, é aconselhável orientar a criança a não exagerar nos doces, mas permitir que aproveite as guloseimas sem excessos.
Leite é indispensável para as crianças?
Até os 6 meses de idade, o leite materno atende a todas as necessidades da criança. Após o período de amamentação, não há um consenso claro sobre o consumo de outros tipos de leite. O leite destaca-se pela sua rica fonte de cálcio, e, devido à variedade de produtos lácteos disponíveis, seu consumo é bem aceito pelas crianças. No entanto, brócolis e espinafre também são fontes alternativas de cálcio. Para crianças entre 4 e 8 anos, dois copos de leite (200 ml) e um pote de iogurte por dia são suficientes.
Equilíbrio é sempre a melhor resposta
É fundamental que os adultos permitam que as crianças descubram e determinem as quantidades de comida que as satisfazem. Impor dietas sem açúcar, glúten ou gordura aos mais jovens pode resultar em danos psicológicos e no desenvolvimento físico. Tratamentos nutricionais destinados a adultos não devem ser aplicados a crianças. É crucial apresentar uma variedade de alimentos às crianças para garantir uma alimentação diversificada e equilibrada.